Os amigos de Paquidérmio

17.11.04

Onde estás, Pakito?

Eu, por norma, não aceito convites que não sejam para jantares na Casa do Castelo, lançamentos de livros em que o Moet & Chandon é servido à descrição, ou festas de pijama em casa de simpatizantes do Bloco de Esquerda. Portanto, quando surgiu o convite para participar neste blogue, desconfiei. Não ofereciam rigorosamente nada. Porém, talvez por sorte ou destino, resolvi perder um pouco do meu precioso tempo a examinar o assunto. E tudo me caiu ao chão ... tratava-se do grande paquidérmio, esse mito trombudo de todas as juventudes dos anos 80. O “Pakito”, para os amigos, não mais toca a sineta, a corneta, ou tão somente a pandeireta. Paquidérmio deu à alheta!
Foram necessárias palmadinhas nas costas e palavras amigas, de uma quantidade pessoas equivalente ao somatório de 7 consoadas e 12 jantares de São Martinho, para me recompor, mas, com esta ajuda, três semanas numa clínica privada, e os conselhos de um guru, ERGUI-ME, firme e seguro, e exclamei a mim mesmo: TENHO DE AJUDAR O PAQUIDÉRMIO A VOLTAR A CASA!

No texto abaixo deste, encontra-se uma descrição detalhada do desaparecimento, e são listadas várias situações que o podem ajudar a descobrir, ou desconfiar, o paradeiro do mui estimado amigo de todos nós. Eu apenas quero acrescentar alguns procedimentos a ter em conta, no caso de dar de trombas com o animal.

1 – Não leve o Paquidérmio consigo para casa. Mantenha-se calmo, e entre imediatamente em contacto com as entidades competentes que possuem os meios necessários para a identificação correcta do Paquidérmio. Não queremos que as pessoas entreguem qualquer e desnecessário elefante que encontrem na rua. Só nos interessa o Pakito!

2 – Caso o Paquidérmio pretenda abandonar o local em que o encontrou, cante-lhe o Fungágá da Bicharada. É normal ele esperar pelo refrão (que muito lhe agrada). Continue a cantar-lhe a música sem refrão enquanto espera as autoridades competentes.

3 – Se encontrar o Paquidérmio junto a uma igreja, mosteiro, ou catedral, não lhe entregue, em caso algum, moedas. Se o fizer pode estar a colocar em risco a integridade física do animal.

4 – Caso pretenda tirar uma fotografia (para mais tarde recordar), por favor não use o flash da câmara. É sabido que as fotografias com o flash podem, na maior parte dos casos, tornar a imagem demasiado branca, o que basicamente fica horrível.

2 Comments:

  • Caro Miguel,

    obrigado pela tua missiva. Todos sabemos o quão importante é encontrar Paquidérmio, Pakito para os amigos (embora seja sabido, se bem te lembras, que muita gente o confundia com um "periquito" sempre que o tratávamos por este nome).
    Deixa-me apenas acrescentar que, no teu último conselho sobre não usar o felache da máquina fotográfica (com o qual concordo plenamente), aconselho também a que se utilize uma máquina com - pelo menos - 4 megapixels de resolução. É um dos requerimentos tecnológicos necessários para que se tire uma foto em condições de um ser de tão grande porte.
    Obrigado pela atenção.

    By Blogger André Toscano, at 19 de novembro de 2004 às 10:31  

  • Não precisas agradecer. Por quem és, caro amigo.
    Por Pakito, tudo. TUDO!

    By Blogger Miguel Tomar Nogueira, at 19 de novembro de 2004 às 15:08  

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