Os amigos de Paquidérmio

9.6.05

Minha gente!...


Eu percebo a tristeza que todos sentimos com o desaparecimento do elefante Paquidérmio. Mas, meus amigos, não vamos deixar que a nossa angústia descambe numa paranóia inconsequente! Todos queremos encontrar o elefante Paquidérmio para o poder devolver ao Jardim Zoológico de Lisboa. Agora enviarem-nos constantemente imagens do Dumbo não faz sentido nenhum. Que nós saibamos, o Dumbo, agora reformado e com uma choruda pensão, é o único elefante voador que existe. O Paquidérmio sempre foi descrito como um elefante terrestre. Por favor, não enviem mais fotos do Dumbo! Só vão baralhar as pessoas e não ajudam a investigação! Obrigado.

18.1.05

Falso Alarme!


A interessada leitora Isabel Santos enviou-nos esta foto, tirada no passado Domingo, quando circulava na IP2 a caminho de Beja.
Na realidade, trata-se de um falso alarme. O Paquidérmio possui umas presas de marfim bastante mais alongadas e com um ângulo de curvatura mais acentuado para a frente.
De qualquer forma, um agradecimento profundo a esta preocupada leitora.
E se alguém conhecer este elefante perdido, por favor contacte as autoridades.

Para todos os que me lêem: por favor não desistam das vossas buscas!
Neste caso, tratou-se de um outro elefante perdido qualquer.
Mas amanhã pode mesmo ser o Paquidérmio.
Obrigado!

29.11.04

AB

O grupo sanguíneo do Paquidérmio é AB. Também retem muita água, e, coitadinho, achando que é fêmea, aquando do período parece um elefante. Se o virem, por favor não o ignorem. Não a ignorem. Os meios de comunicação social têm seguido esta via, e citaria mesmo o expoente máximo do bloguismo luso. JPP tem, sistematicamente, fingido não ser da sua conta, e refugia-se na desconstrução do conceito de elefante: Se o autismo não fosse uma coisa séria, dir-se-ia que o bebé se caracteriza pelas imensas estaladas que dá a si próprio, e pela vontade persistente de arrancar os tubos da incubadora. Ora cabe dizer que o Paquidérmio já não é bébé, e JPP não tem de se lhe referir por meio de charadas, semântica burlesca, que serve apenas aqueles que não querem saber do Paquidérmio, do seu paradeiro, das suas companhias, se tem comido bem. A sugestão de autismo é gratuita, e a de sado-masoquismo, a tempo, será devidamente julgada pela intelectualidade portuguesa. O mais importante, contudo, é encontrá-lo. O DQD está já a preparar um DVD com imagens do Paquidérmio, e penso que, a ser-nos dada a oportunidade de reunir com o Ministro da tutela relevante, optaremos por não aparecer.

O que me parece mais criminoso, contudo, é o silêncio dos Tibetanos. Do restaurante na rua do Salitre, ao Rato. Aquela mania de fazer pratos com sabor a carne sem carne, já para não mencionar a indiscriminada venda de incenso a preços que ameaçam o precário equilíbrio do negócio tradicional na Rua Augusta, preocupa-nos. Ou não. O Paquidérmio está vivo, asseguramos, mas assim como assim eu não experimentava a trombinha de tofu...

O nosso amigo perdido!

17.11.04

Onde estás, Pakito?

Eu, por norma, não aceito convites que não sejam para jantares na Casa do Castelo, lançamentos de livros em que o Moet & Chandon é servido à descrição, ou festas de pijama em casa de simpatizantes do Bloco de Esquerda. Portanto, quando surgiu o convite para participar neste blogue, desconfiei. Não ofereciam rigorosamente nada. Porém, talvez por sorte ou destino, resolvi perder um pouco do meu precioso tempo a examinar o assunto. E tudo me caiu ao chão ... tratava-se do grande paquidérmio, esse mito trombudo de todas as juventudes dos anos 80. O “Pakito”, para os amigos, não mais toca a sineta, a corneta, ou tão somente a pandeireta. Paquidérmio deu à alheta!
Foram necessárias palmadinhas nas costas e palavras amigas, de uma quantidade pessoas equivalente ao somatório de 7 consoadas e 12 jantares de São Martinho, para me recompor, mas, com esta ajuda, três semanas numa clínica privada, e os conselhos de um guru, ERGUI-ME, firme e seguro, e exclamei a mim mesmo: TENHO DE AJUDAR O PAQUIDÉRMIO A VOLTAR A CASA!

No texto abaixo deste, encontra-se uma descrição detalhada do desaparecimento, e são listadas várias situações que o podem ajudar a descobrir, ou desconfiar, o paradeiro do mui estimado amigo de todos nós. Eu apenas quero acrescentar alguns procedimentos a ter em conta, no caso de dar de trombas com o animal.

1 – Não leve o Paquidérmio consigo para casa. Mantenha-se calmo, e entre imediatamente em contacto com as entidades competentes que possuem os meios necessários para a identificação correcta do Paquidérmio. Não queremos que as pessoas entreguem qualquer e desnecessário elefante que encontrem na rua. Só nos interessa o Pakito!

2 – Caso o Paquidérmio pretenda abandonar o local em que o encontrou, cante-lhe o Fungágá da Bicharada. É normal ele esperar pelo refrão (que muito lhe agrada). Continue a cantar-lhe a música sem refrão enquanto espera as autoridades competentes.

3 – Se encontrar o Paquidérmio junto a uma igreja, mosteiro, ou catedral, não lhe entregue, em caso algum, moedas. Se o fizer pode estar a colocar em risco a integridade física do animal.

4 – Caso pretenda tirar uma fotografia (para mais tarde recordar), por favor não use o flash da câmara. É sabido que as fotografias com o flash podem, na maior parte dos casos, tornar a imagem demasiado branca, o que basicamente fica horrível.

10.11.04

O desaparecimento de Paquidermio!

Caros amigos,
é um dia triste para o Jardim Zoológico de Lisboa e, na realidade, para todos nós.
O elefante Paquidérmio decidiu fugir de sua casa pela calada da noite, e anda a monte pelas ruas deste nosso querido Portugal. Há apenas um problema: o Paquidérmio é portador da Diabetes Paquidérmica! Trata-se de uma rara condição de diabetes que afecta a família dos paquidermes, provocando-lhes perda de memória de curto prazo. Ou seja, o Paquidérmio - neste momento - lembra-se de todos nós e da sua casa no Jardim Zoológico de Lisboa, mas não sabe como chegou ao local onde se encontra. Logo, não sabe como voltar para casa.
É preciso ajudar a encontrar o Paquidérmio! É um animal doce e meigo, incapaz de fazer mal a uma formiga (a não ser que se encontre no seu caminho). E tem de tomar a sua dose trimestral de insulina até ao final do mês de Janeiro, caso contrário poderá sofrer complicações acrescidas.
A notícia do desaparecimento de Paquidérmio deixou o Jardim Zoológico de Lisboa num alvoroço sem paralelo. E a indiferença que a comunicação decidiu votar a este assunto é francamente abjecta!
Se souber de alguém que possa ter acolhido um elefante recentemente, por favor contacte o Jardim Zoológico de Lisboa (ou o site DQD em www.dizquedisse.com). O acolhimento privado de um animal selvagem de grande porte é algo actualmente proibido por Lei. Não compactue com esta ilegalidade! Ao fazê-lo, poderá estar a tornar-se cúmplice sem saber!
Para ajudar o Jardim Zoológico e, para esse efeito, todos nós que amamos o Paquidérmio, esteja atento aos seguintes sinais:

1. O seu vizinho de cima, de um dia para o outro, passou a caminhar mais pesadamente pela casa fora, fazendo estremecer os candeeiros que você possui no tecto. Essa súbita alteração no peso do seu vizinho pode não ser normal. Procure informações inquirindo outros vizinhos ou contacte o zoo de Lisboa.

2. Um intenso cheiro a estrume emana do apartamento em frente ao seu. Você estranha pois o sistema de esgotos do prédio está a funcionar na perfeição. Terá o seu vizinho um elefante escondido?

3. O aparecimento de pegadas colossais no jardim da sua vivenda coincidiu com o aparecimento de enormes quantidades de bosta na sua piscina. Tente descobrir a proveniência dessas pegadas.

4. O circo que se encontra na sua aldeia decidiu, subitamente, anunciar a presença de mais um elefante em arena. Estará esse circo a albergar Paquidérmio?

Como se costuma dizer, enquanto há vida, há esperança.
E não é tarde demais para o bondoso Paquidérmio.
Ajude-nos a encontrá-lo e a pôr um ponto final nesta angústia nacional!

Paquidérmio: WE LOVE YOU!