Eu, por norma, não aceito convites que não sejam para jantares na Casa do Castelo, lançamentos de livros em que o Moet & Chandon é servido à descrição, ou festas de pijama em casa de simpatizantes do Bloco de Esquerda. Portanto, quando surgiu o convite para participar neste blogue, desconfiei. Não ofereciam rigorosamente nada. Porém, talvez por sorte ou destino, resolvi perder um pouco do meu precioso tempo a examinar o assunto. E tudo me caiu ao chão ... tratava-se do grande paquidérmio, esse mito trombudo de todas as juventudes dos anos 80. O “Pakito”, para os amigos, não mais toca a sineta, a corneta, ou tão somente a pandeireta. Paquidérmio deu à alheta!
Foram necessárias palmadinhas nas costas e palavras amigas, de uma quantidade pessoas equivalente ao somatório de 7 consoadas e 12 jantares de São Martinho, para me recompor, mas, com esta ajuda, três semanas numa clínica privada, e os conselhos de um guru, ERGUI-ME, firme e seguro, e exclamei a mim mesmo: TENHO DE AJUDAR O PAQUIDÉRMIO A VOLTAR A CASA!
No texto abaixo deste, encontra-se uma descrição detalhada do desaparecimento, e são listadas várias situações que o podem ajudar a descobrir, ou desconfiar, o paradeiro do mui estimado amigo de todos nós. Eu apenas quero acrescentar alguns procedimentos a ter em conta, no caso de dar de trombas com o animal.
1 – Não leve o Paquidérmio consigo para casa. Mantenha-se calmo, e entre imediatamente em contacto com as entidades competentes que possuem os meios necessários para a identificação correcta do Paquidérmio. Não queremos que as pessoas entreguem qualquer e desnecessário elefante que encontrem na rua. Só nos interessa o Pakito!
2 – Caso o Paquidérmio pretenda abandonar o local em que o encontrou, cante-lhe o Fungágá da Bicharada. É normal ele esperar pelo refrão (que muito lhe agrada). Continue a cantar-lhe a música sem refrão enquanto espera as autoridades competentes.
3 – Se encontrar o Paquidérmio junto a uma igreja, mosteiro, ou catedral, não lhe entregue, em caso algum, moedas. Se o fizer pode estar a colocar em risco a integridade física do animal.
4 – Caso pretenda tirar uma fotografia (para mais tarde recordar), por favor não use o flash da câmara. É sabido que as fotografias com o flash podem, na maior parte dos casos, tornar a imagem demasiado branca, o que basicamente fica horrível.