Os amigos de Paquidérmio

29.11.04

AB

O grupo sanguíneo do Paquidérmio é AB. Também retem muita água, e, coitadinho, achando que é fêmea, aquando do período parece um elefante. Se o virem, por favor não o ignorem. Não a ignorem. Os meios de comunicação social têm seguido esta via, e citaria mesmo o expoente máximo do bloguismo luso. JPP tem, sistematicamente, fingido não ser da sua conta, e refugia-se na desconstrução do conceito de elefante: Se o autismo não fosse uma coisa séria, dir-se-ia que o bebé se caracteriza pelas imensas estaladas que dá a si próprio, e pela vontade persistente de arrancar os tubos da incubadora. Ora cabe dizer que o Paquidérmio já não é bébé, e JPP não tem de se lhe referir por meio de charadas, semântica burlesca, que serve apenas aqueles que não querem saber do Paquidérmio, do seu paradeiro, das suas companhias, se tem comido bem. A sugestão de autismo é gratuita, e a de sado-masoquismo, a tempo, será devidamente julgada pela intelectualidade portuguesa. O mais importante, contudo, é encontrá-lo. O DQD está já a preparar um DVD com imagens do Paquidérmio, e penso que, a ser-nos dada a oportunidade de reunir com o Ministro da tutela relevante, optaremos por não aparecer.

O que me parece mais criminoso, contudo, é o silêncio dos Tibetanos. Do restaurante na rua do Salitre, ao Rato. Aquela mania de fazer pratos com sabor a carne sem carne, já para não mencionar a indiscriminada venda de incenso a preços que ameaçam o precário equilíbrio do negócio tradicional na Rua Augusta, preocupa-nos. Ou não. O Paquidérmio está vivo, asseguramos, mas assim como assim eu não experimentava a trombinha de tofu...

1 Comments:

  • Caro Luís,

    agradeço-te encarecidamente o teu contributo.
    É nos momentos mais difíceis que toda a ajuda é pouca e todos os amigos necessários.
    Nós sabemos que o Paquidérmio está vivo. Nós sentimo-lo! Há uma espécie de telepatia que nos liga ao Paquidérmio. Quem sabe se por o elefante ser um dos seres vivos com maior massa cerebral, taco a taco com os humanos e os golfinhos.
    Levantaste um ponto que eu acho de extrema importância: a indiferença da comunicação social perante a emergência da busca de Paquidérmio e a crítica, em tom de gozação, de ditas personalidades da vida política (tal como o José Pacheco Pereira, como bem descobriste).
    Imagine-se que alguém está preso num automóvel após um acidente de grandes dimensões. A pessoa está viva, consciente, e num estado de aflição sufocante. O que é que nós fazemos? Comentamos acerca do facto dos fabricantes automóveis não implementarem mecanismos de fuga alternativos nos seus veículos? Ou tentamos ajudar da melhor maneira que pudermos, arregaçando as mangas ou rezando no local?
    Acho que, no que toca a descobrir o paradeiro do elefante Paquidérmio, não temos de ter medo de fazer figura de ursos.
    A causa vale por si só e todos os meios à nossa disposição são escassos.

    Vamos continuar a lutar pela nossa causa, e ajudar o Paquidérmio a voltar a casa!

    By Blogger André Toscano, at 30 de novembro de 2004 às 12:33  

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